sexta-feira, 26 de março de 2010

Garimpar é a última tendência

olá queridos leitores, eu demorei mas apareci aqui! hehe
eu me chamo Úrsula, sou a produtora de moda da victor, e, a partir de hoje, começarei a movimentar a parte de moda desse blog, pretendo escrever sobre coisas que despertam meu interesse e as minhas opiniões sobre o que está rolando na moda, espero que tudo isso seja interessante para você também!
Para começar, resolvi criar uma tag no blog que fala sobre moda e sustentabilidade, já que a sustentabilidade, tanto ambiental, como social e economica, é com certeza o assunto em pauta no mundo inteiro! Aliás, tem uma frase que fala sobre isso e eu a considero fantástica : “desenvolvimento para ser considerado sustentável deveria ser capaz de alinhar a equidade social, a prudência ecológica e a eficiência econômica”.

No final do primeiro semestre de 2009 eu tive que desenvolver um trabalh na faculdade que falasse sobre isso, me inspirei em uma matéria que a Taciana Colombo escreveu no cardeno Lazer, usando como produção as primeiras fotos da victorwen, quando a gente ainda usava o nome de CLASH hehe, e tambem em algumas aulas de iniciação a moda, com a professora Ana Mery.

então, aí vai a matéria:

O consumidor de hoje, posso afirmar com toda a certeza, não está mais preocupado com a moda, o conceito de novidade e luxo, e sim com o estilo. Entre os polêmicos emos, from UK’s, os adeptos do metal, as eternas consumidoras compulsivas chamadas patricinhas, os inconformados hippies, e outras tribos bárbaras, o estilo pessoal é que tem vez aqui, o EU é mais importante do que o NÓS, e é apenas por causa disto que as pessoas têm buscado originalidade e exclusividade nas peças. Duas palavras que definem perfeitamente a “arte de garimpar”, comprar peças em brechó e torná-las peças importantes do nosso guarda-roupa.
Acha isto uma loucura? Mas não é, na Europa, Estados Unidos e Iraque um programa chamado swap o’rama o’rama já virou febre, funciona assim: eles organizam encontros ou festinhas pra trocar roupas, sapatos e acessórios. Cada um leva o que não usa mais para trocar por outras peças. No final, dá para sair com o armário renovado, mas não entulhado – suas novas aquisições cabem perfeitamente lá, já que você liberou espaço antes de fazer as novas aquisições. O swap-o-rama é um dos eventos mais conhecidos de troca-troca.
Os brechós virtuais também já viraram moda, e o mais incrível, aqui no Brasil, garotas mais descoladas vendem roupas de grife usadas pela internet, criam blogs e sites de brechós como uma alternativa prática de vender roupas que não servem mais e fazem parte de uma rede de compradoras inveteradas interessadas em desovar peças seminovas, de marcas famosas e por um preço razoável.
E até eu já me envolvi com esta febre, me uni a um amigo apaixonado por fotografia, e montamos a CLASH, um projeto de uma empresa focada somente em produção de moda. A partir daí surgiu nossa primeira produção, como somos iniciantes, analisamos aquilo que estava ao nosso alcance: roupas, cenários, produção, equipamentos. Muitos dos estilistas atuais costumam inspirar suas coleções em épocas passadas, fazendo a releitura de looks antigos, cansamos de ver as mesmas peças de roupas indo e vindo nas vitrines das nossas lojas favoritas. Resolvemos então fazer uma brincadeira, e adivinha? Desenterramos looks antigos e os encaixamos em uma releitura da atualidade. O trabalho ficou bárbaro, e fez tanto sucesso na internet que encantou até uma jornalista e foi parar no jornal regional.

Portanto, caro leitor, depois de todas estas informações só me resta dizer que, não há próxima tendência, pois ela se concentra em antigas tendências recicladas, ou encaradas com outros olhares, felizmente ou infelizmente, logo, logo você estará entrando nessa febre também, mas eu garanto que tudo isso é no mínino divertido e prazeroso pra qualquer um.

aí vão algumas dicas para quem quer mergulhas nesta onda de brechós:
*Vá com tempo e em clima de passeio. Encare a visita como diversão, sem ter a obrigação de sair de lá com alguma coisa nas mãos;
*Se amar uma peça, compre, a rotatividade dos brechós é alta;
*Fique de olho nos defeitos e analise se poderão ser resolvidos ou no mínimo ignorados;
*Evite o básico. Para comprar uma camiseta branca o brechó não é a melhor opção;
*Prove a peça. A modelagem muda muito ao longo dos anos, e o 42 pode ser o 44 para você;
*Fique atenta a tecidos com a trama frouxa ou então zíper emperrado – pode ser bem difícil a troca ou até a adequação.

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