segunda-feira, 17 de maio de 2010

O surrealismo na década de 30

olá pessoal, depois de muito tempo resolvi reaparecer por aqui, pra comapartilhar com vocês um pouco do que eu tenho pesquisado para desenvolver o projeto que é o trabalho final de algumas matérias na facul. Eu sei que o post ficou meio comprido, mas vale a pena dar uma lida, pra mim Schiaparelli é um gênio da década de 30 que trouxe um novo conceito de surrealismo na moda, que nos acompanha até hoje. :D



Elsa Schiaparelli nasceu em Roma, na Itália, em 1890, ela acreditava que a moda estava intimamente vinculada à evolução das artes plásticas contemporâneas, sobretudo à pintura, e por isso sempre esteve ligada aos artistas de sua época.Teve seu auge na década de 30 e com o seu progressivo sucesso, Schiaparelli se tornou a maior rival da famosa estilista Coco Chanel. Seus estilos eram totalmente opostos: enquanto Chanel criava roupas funcionais para a mulher moderna, Schiap fazia modelos surrealistas e exóticos, criados para impressionar.

suas inflencias eram, principalmente:

Salvador Dalí, que foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalí chamam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.

Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, o que por vezes incomodava os seus críticos.

. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da Memória, foi concluído em 1931. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançado postumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound.[3]

é apaixonado por tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas.[4] Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte. Ao mesmo tempo que incomodava os seus críticos, já que sua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico.[5]

Jean Cocteau que foi um poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, actor e encenador de teatro francês. Em conjunto com outros Surrealistas da sua geração (Jean Anouilh e René Char, por exemplo), Cocteau conseguiu conjugar com maestria os novos e velhos códigos verbais, linguagem de encenação e tecnologias do modernismo para criar um paradoxo: um avant-garde clássico. O seu círculo de associados, amigos e amantes incluiu Jean Marais, Henri Bernstein, Édith Piaf e Raymond Radiguet.

As suas peças foram levadas aos palcos dos Grandes Teatros, nos Boulevards da época parisiense em que ele viveu e que ajudou a definir e criar. A sua abordagem versátil e nada convencional e a sua enorme produtividade trouxeram-lhe fama internacional.

Actuou activamente em diversos movimentos artísticos, nomeadamente o conhecido Groupe des Six (grupo dos seis) cujo núcleo era Georges Auric (1899–1983), Louis Durey (1888–1979), Arthur Honegger (1892–1955), Darius Milhaud (1892–1974), Francis Poulenc (1899–1963), Germaine Tailleferre (1892–1983). Além destes, outros também tomaram parte, como Erik Satie e Jean Wiéner.

Foi eleito membro da Academia Francesa em 1955.

Cocteau realizou sete filmes e colaborou enquanto argumentista, narrador em mais alguns. Todos ricos em simbolismos e imagens surreais. É considerado um dos mais importantes cineastas de todos os tempos.

É famoso pela frase: "Não sabendo que era impossível, foi lá e fez"

Schiaparelli e Salvador Dalí trabalharam muitas vezes juntos, o que resultou em várias criações bastante particulares, como o famoso chapéu em forma de sapato, a bolsa-telefone, o tailleur-escrivaninha com bolsos em forma de gaveta, o vestido decorado com uma grande lagosta, o vestido de seda pintado com moscas, entre outros. Foi no surrealismo que ela encontrou a sua fonte básica de inspiração.
Todas as coleções lançadas por Schiaparelli se inspiravam em fantasia e partiam de um ou dois temas dominantes. Uma de suas preferidas era a coleção Circo, com cavalos, elefantes ou acrobatas no trapézio, bordados em muitas peças, como os boleros, com botões de cabeça de palhaço e o chapéu em forma de sorvete.

Elsa Schiaparelli lançou broches fosforescentes, botões semelhantes a pesos, cadeados nos casacos, o tingimento de peles. Desenvolveu tecidos com estampas de jornal com os quais fazia lenços e bordava em suas roupas signos do zodíaco. Criou o tom de rosa que passou a chamar “rosa choque”.

Sempre utilizando bordados e cores fortes, Elsa criou a coleção de astrologia, na qual se destacava uma luxuosa capa com enormes signos do zodíaco bordados em ouro, assim como o motivo “Phoebus”, um sol radiante sobre um tecido rosa-choque. Ela passeou por muitos outros temas em suas coleções, como a música, o fundo do mar e a “Commedia dell’Arte”, na qual também apareciam as capas, desta vez com losangos de veludo.

Além de suas criações sempre impactantes, ela inovou nos materiais utilizados em suas roupas, como o zíper, o crepe de seda e o celofane. Todos esses novos materiais, como a fibra sintética, possibilitaram que Elsa executasse todos os seus sonhos surrealistas. O zíper, por exemplo, era colocado à mostra, de forma decorativa e funcional. Elsa também criou bolsas que, quando abertas, acendiam ou tocavam música.

Schiap buscava o efeito teatral através das cores vivas, não muito usadas naquela época. Ela conseguiu criar um tom de rosa tão forte, que chegava a ser dramático. Ela o batizou de “shocking”, o seu rosa-choque. A cor foi usada por ela em muitas criações, desde chapéus até longas capas bordadas.

“Shocking” também foi o nome dado àquele que viria a ser o seu perfume mais conhecido, lançado em 1938. O frasco tinha a forma do corpo da então famosa atriz de cinema Mae West, que personificava a ousadia do estilo Schiap.

Apesar de ter tido clientes como as atrizes Greta Garbo, Joan Crawford e Carole Lombard, ela não fez muitos figurinos para o cinema. Seu maior sucesso foi em 1937, com o filme “Every Day’s a Holiday”, com Mae West. Também criou os figurinos dos filmes “Artists and Models” e “Moulin Rouge”, com Zsa Zsa Gabor, em 1952.


então, pra matar a curiosidade de vocês, vai aqui algumas imagens das criações de Schiaparelli:


Do lado esquerdo, o telefone lagosta criado por Dali em 1936; do esquerdo, o famoso vestido lagosta de Schiap com estampa de Dali - Isabela Capeto chegou a estampar lagostas com paetês em camisetas


O vestido lágrima de Schiap, com estampa de Salvador Dali


O look gavetas de Schiap - com uma obra de Dali ao lado! Os botões imitam puxadores:


Foi Elsa Schiaparelli que criou o efeito trompe l’oeil na moda, que "engana o olho" criando ilusão a partir de uma estampa



Os brincos de arlequim by Schiaparelli - ela usou acrílico, o que na época era esquisito pra uma estilista da alta sociedade


Jean Cocteau também colaborou com Schiap: aqui, 2 desenhos dele em looks da estilista


O chapéu-sapato é uma das criações mais conhecidas de Schiap. A inspiração foi uma foto de Dali com um sapato da mulher na cabeça! Prestem atenção se nao tem tuudo a ver com o chapéu que a lady gaga usa no clipe telephono.

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